Além deste título, essas frases lembram-vos alguma coisa?
“Os testes? Têm de falar com a equipe de QA.”
“A supervisão? Isso é da parte das Operações.”
“As Customer journeys? É pá, isso é mesmo só com o Product Owner.”
Tudo começou com uma boa iniciativa: tentar focar a validação do software na experiência do utilizador na sua globalidade.
No entanto, é uma realidade com a qual somos regularmente confrontados no terreno.
Qualidade é a percepção do cliente sobre o que é qualidade, não o que a empresa pensa.
Armand V. FEIGENBAUM (1922-2014) Inventor do conceito de “Controle de Qualidade Total”
Qualidade raramente é assunto de apenas uma pessoa, função ou equipa.
A minha convicção é que uma visão global, transversal e compartilhada é necessária para abordar estruturalmente a produção de software de qualidade.
É por isso que gostaria falar de Quality Engineering, em complemento da Quality Assurance.
A qualidade, uma aposta de desempenho para as organizações
Não faltam exemplos que combinam qualidade e desempenho no nosso ecossistema tradicional (e.g. Toyota) ou digital (e.g. Netflix, Amazon).
Essas organizações conseguem combinar velocidade, qualidade e estabilidade para criar processos productivos e escaláveis.
Na maioria das vezes, porém, a qualidade permanece vagamente definida. Estamos nos referindo aos requisitos funcionais? De performance? De segurança? A lista é longa.
É por isso que estou convencido de que uma abordagem sistemática e holística da qualidade pode contribuir para melhorar o desempenho dos sistemas.
Motivado, com o objectivo de criar uma comunidade
Já deve ter percebido que esta perspectiva transversal da qualidade de software interessa-me particularmente.
Sou apaixonado por arquitetura, tecnologia e transformação para melhorar estruturalmente os sistemas.
A colaboração entre pares é, do meu ponto de vista, chave para resolver problemas comuns mais rapidamente na indústria.
É também por isso que estou envolvido em várias comunidades e open-source a título pessoal.
Portanto, gostaria de propor uma comunidade nessa perspectiva de qualidade, na esperança de encontrar interessados :)
Formatos de partilha em pequenos grupos, sujeitos a evoluções
O meu objetivo é fornecer conteúdos práticos, concretos e acionáveis.
Portanto, gostaria de encontrar os formatos mais adequados e úteis para compartilhar e serem aplicados.
Julgo os webinars úteis para um determinado contexto e finalidades, mas que podem faltar interactividade e interação para os participantes.
Também estou convencido de que muitas pessoas têm contribuições para dar, sem necessariamente serem oradores principais.
“Quem nunca provou uma coisa não conhece sua qualidade e não pode julgá-la.”
Provérbio árabe; A coleção de provérbios e ditados do Magrebe (1855).
Portanto, tenho a intenção de organizar formatos em pequenos grupos em formato de lean-coffee. Serão inspirados do formato de mesa redonda com uma agenda co-construída para sermos pragmáticos.
Em complemento, gostaria partilhar perspectivas em conversas, depois disponibilizadas em formato digital.
Vou tentar equilibrar perspectivas complementares tanto de abstração, tanto de um nível detalhado. Ficarei longe das ivory towers ou simplificações perigosas.
Por uma questão de relevância, qualidade e facilidade de acesso, estou comprometido em fornecer conteúdo no idioma local da comunidade.
Prometo evitar buzzwords vazios o mais possível, por exemplo BusArchDevTestSecOps para falar sobre colaboração transversal.
O seu feedback é bem-vindo para adaptar a trajectória
O meu objetivo agora é iterar para confrontar-me a realidade e adaptar os planos.
Este artigo é um primeiro exemplo 🙂
Estou, portanto, interessado no seu feedback sobre a relevância do assunto, os formatos mencionados, ou qualquer outro feedback constructivo.
Espero que tenham gostado destas poucas linhas e que encontram um interesse pelo assunto em questão.
Deixo-vos reagir, compartilhar, ou entrar em contato comigo se desejar trocar ideias, propor um tema de conversa ou de evento, será com prazer,
Até breve,
Antoine